28 de outubro de 2010


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Regina Monge

"Meu nome é Regina Monge, 43 anos. Cheguei em São Paulo há mais de vinte anos, vinda de Águas de São Pedro, cidade do interior paulista, uma estância turística e considerada um dos menores municípios do país.

Aqui estudei Comunicação Social me especializando em Produção Editorial; depois cursei especialização em Propaganda e um MBA em Marketing e, por último, já como hobby, fiz uma extensão em História e Linguagem do Cinema.

Desde minha graduação, sempre trabalhei na área de comunicação, iniciando em um editora, depois gráfica, agência, empresa de eventos e consultoria.

Recentemente, montei minha própria agência de comunicação a VERTS Comunicação ( www.vertscomunicacao.com.br) à qual estou dedicando quase todo o meu tempo, porque assim como não é fácil ser escritor, nesse país, também não é fácil tornar-se um empreendedor de sucesso, partindo do zero.

Moro na zona sul de São Paulo e minha família continua no interior.

Em julho, publiquei pela Novo Século Editora meu primeiro livro ‘A Escolha de Cada Um'. "


Sinopse:

Fazer escolhas é algo que faz parte da vida de todo mundo, e isso é algo que não tem como não generalizar. Sejam elas pequenas escolhas que fazemos até por ato reflexo, ou ainda aquelas que decidem todo o curso de nossa vida futura. Fazer uma reflexão sobre essas escolhas e as conseqüências que elas nos trazem é o que nos propõe esse livro aparentemente despretensioso de Regina Monge. A Escolha de Cada Um (2010) é um livro incomum da literatura contemporânea brasileira – trata-se de um lançamento da editora Novo Século. O livro funciona como desencadeador de reflexões, mas feito de forma criativa, principalmente pela forma como é narrado.

Logo de início o que mais chama a atenção é o narrador, que é um livro. Isso mesmo, mais um daqueles livros com narradores excêntricos, depois de Zusak usar a morte e Taty Ades o diabo, Regina usa um livro para narrar suas desventuras até se torna um best-seller. Aqui o livro ganha sentimentos e emoções bem parecidas com as nossas, fazendo com que funcione como uma alegoria, mas pode também funcionar como um marketing para o próprio livro e para o hábito da leitura. Talvez isso seja fruto da formação da autora que é comunicóloga e especialista em marketing e produção editorial. Mas não é só isso, porque talvez ficasse muito estático um livro de 160 páginas narrando apenas a “vida” de um exemplar de um livro. Então A Escolha de Cada Um (Novo Século, 160 pág.) ganha uma segunda parte, que segundo a autora veio como inspiração dez anos após ter a idéia de escrever a primeira.

Quem nunca se deparou com uma história que girasse em torno de determinado livro e ficou curioso pra saber do que se tratava seu conteúdo? Então essa é a grande jogada da autora aqui, pois é exatamente disso que se trata a segunda parte do livro. Na primeira parte ficamos conhecendo o livro esquecido do famoso e falecido autor J. Hubert até que um dia é descoberto por uma jornalista e se torna fenômeno mundial. Daí a segunda parte nos traz a história que esse livro-narrador carrega consigo e que acaba encantando a todos. Com o título de Um Novo Tempo (que parece ser o título do livro-narrador-personagem) entramos na vida de Anna, uma mulher que está no auge de sua carreira, mas mesmo assim não está feliz com sua vida pessoal, que se encontra bloqueada para o amor por conta de traumas passados.

Quando surge então a oportunidade de viajar para Petra, na Jordânia, cidade dos seus sonhos, ela se ver diante de uma nova experiência que irá marcar a mudança de toda sua vida. Ela conhece John e com ele vive um romance rápido, mas que parece firme demais. John mora em Nova York e esse é o único empecilho para o romance dos dois, alguém terá que abrir mão do seu lugar de origem para se doar ao outro e viver um grande amor. Porém nem tudo sai como esperado, Anna tem que fazer uma escolha difícil para no fim se deparar a maior das imprevisibilidades. O romance permeia o sobrenatural e o espiritualismo universal em determinado momento, mas não faz proselitismo barato, apenas nos insere em um assunto pouco comum e que é bastante curioso. Quem nunca se perguntou se coincidências realmente existem?

O livro se encerra com um final aberto, mas explicado pelo narrador, algo que mostra transcendência daquilo que ele carrega. Não digo que se trata de um livro de auto-ajuda, mas sim de um livro que desperta reflexão e nos permite acordar para momentos sublimes como esses em que temos que decidir. Além de uma bela história, é possível desfrutar de uma viagem psicológica pela vida dos personagens e na nossa própria vida pessoal. Não há quem não se identifique com pelo menos um dos setores afetados na vida dos personagens e é isso que irá garanti sua leitura até o fim.

É uma leitura mais que recomendada a todos, mas a escolha é de cada um.

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